Diary Words

Voltei a ver o teu carro, no mesmo sítio que o vi da outra vez quando escrevi o outro texto que provavelmente, também não leste. O meu coração voltou a bater com tanta força por ti logo pela manhã, é tão bom acordar pela manhã e sentir isto dentro do meu peito. Uma mistura de ansiedade com amor, falta de ar mais prolongada, e tranquilidade de saber que estás bem, estás na Universidade. Sempre que penso em ti o meu coração tenta correr para ti de uma maneira sobrenatural. Tens magia dentro de ti, só pode.

Gostava de ter ficado ali parado a contemplar o teu carro. Só porque sim, mas isso era de ser um bocado maluco, quem é que fica a olhar parado para um carro? Ainda chamavam os seguranças e pensavam que ia fazer alguma coisa e ia preso. Mas não, iria proteger o teu carro quase tanto como te quero proteger, porque é uma coisa tua e que estimas. No entanto é um bem material, e nada se compara à maneira como gostava de te proteger, para toda a minha vida. Poderia ter ficado ali à tua espera, mas nunca o irei fazer, não quero incomodar-te com tolices que são só minhas e que no fim decerto ainda iria-me magoar novamente por não entender a verdade que dói. No entanto queria ver-te tanto tanto tanto tanto tanto tanto, que nem imaginas.

Tive de deixar o meu irmão ali porque ele iria ter aulas, tive de vir embora porque tive de vir ajudar o meu pai no escritório de onde agora te escrevo este texto. Vou ter de regressar por volta da uma hora da tarde lá para o ir buscar no fim das aulas, mas regresso de tarde à Universidade.

Podia ter tentado dar uma volta pela Universidade só porque sim, já desde que estava ali. A vontade foi tanta, apetecia-me estacionar o meu carro que é da cor do teu, mas mais velho, e tentar ir à tua procura. As pernas oscilavam em carregar nos pedais e as mãos no volante em virar para o parque. No entanto a razão disse-me para não fazer isso. Promessas são promessas, e eu prometi-te não forçar nada. Irei cumprir, quero-te mostrar que sei cumprir promessas pois já não tenho medos, nada que me impeça de ser feliz para sempre e com isso provar-te que quando eu digo para sempre é porque sinto que é para sempre.

Decerto já não estarás na Universidade quando passar novamente lá, no entanto vou sentir a mesma ansiedade como se lá estivesses porque irei passar pelos meus sítios, onde tem tanta coisa gravada tua, nas calçadas onde tu passas todos os dias, nos bancos onde tantas vezes me sentei para suspirar, para tentar não chorar à frente de tanta gente, por não estares comigo. Vou tentar se não estiveres lá estacionar o meu carro onde deixaste o teu, porque é um lugar especial, estiveste lá hoje.

Logo à tarde vou ter de ir novamente para a Universidade, talvez para a biblioteca trabalhar com o meu colega. Mais uma lembrança tua, tantas, aquelas vezes em que eu ia ter contigo só para te dizer bom dia de manhã às 9h, pessoalmente, e poder sentir-me cheio de luz pela manhã. Adorava isso, não sei se te lembras, mas eu lembro. Não estava a mentir quando te dizia que amava. Quando dizias para parar de olhar para ti daquele jeito que afinal sempre tive, apaixonado por ti. Nunca irei mentir quando te irei dizer que te amo.

Fazes-me falta todos os dias, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos!